Infecção intestinal: o que é, causas, sintomas, como tratar e como evitar

A infecção intestinal, também conhecida como gastroenterite, é uma inflamação do trato gastrointestinal.

Ela se caracteriza pela presença de agentes que podem provocar resposta inflamatória na mucosa intestinal, podendo levar à alterações no funcionamento das células do intestino e, consequentemente, interferindo e comprometendo a digestão e absorção.

Os sintomas da infecção intestinal ocorrem devido à inflamação causada. Os sintomas principais incluem:

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), em casos graves de infecção intestinal, pode haver perda significativa de líquidos devido aos sintomas de diarreia e vômitos, aumentando o risco de desidratação. Além disso, a doença pode levar à fatalidade quando não tratada.

Saiba mais informações no site da OMS: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/diarrhoeal-disease

A infecção intestinal possui múltiplas causas, entre elas temos: vírus, bactérias e parasitas, ou pela ingestão de toxinas alimentares. Ela pode ocorrer com a contaminação de alimentos e água, por exemplo, e, quando ingeridos, desencadeiam a inflamação no trato gastrointestinal.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as causas mais comuns estão relacionadas à contaminação devido à falta de higiene, saneamento básico inadequado e falta de acesso à água potável.

1. Vírus: uma das principais causas de infecção intestinal, uma vez que se espalham facilmente. Podem ser rotavírus ou norovírus, por exemplo.

2. Bactérias: são responsáveis por inflamações graves, já que danificam diretamente a mucosa intestinal. Entre as bactérias pode-se citar: Salmonella, Escherichia coli (E. coli) e Shigella, elas podem estar presentes em alimentos mal cozidos, especialmente carnes de porco e ovos.

3. Parasitas: mais comum ocorrer em regiões com sistema de saneamento precário, ocorrendo a contaminação por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados. Entre eles, pode-se citar Giardia lamblia e Entamoeba histolytica.

No entanto, em alguns casos, podem ser necessário exames complementares, a fim de detectar a causa da infecção, por exemplo, exame de PCR e exame de fezes. 

O PCR (proteína C reativa) serve para identificar a presença de infecção no organismo, em que níveis elevados podem indicar infecção grave, mas não identifica a causa. Já o exame de fezes, é capaz de identificar o causador da infecção, desta forma, com ele é possível identificar a causa da doença, de forma mais específica.

As infecções intestinais variam de duração em relação ao tipo de agente causador, bem como estado de saúde do paciente e idade.

As infecções virais tendem a durar de 1 a 3 dias, podendo se estender, em casos mais graves, em uma semana. Já as bacterianas, tendem a durar um pouco mais, variando entre 3 a 7 dias, também podendo se estender em casos de complicações. Por fim, as parasitárias podem durar semanas, quando não tratadas, chegando a 4 semanas de infecção e podendo se estender de acordo com o estado do paciente.

A gravidade da infecção intestinal vai depender de alguns fatores, como:

• Agente causador

• Estado geral de saúde do paciente

• Tratamento adequado

Em boa parte dos casos, as infecções intestinais se resolvem sem demais complicações e sem se estender por muito tempo. No entanto, também existem casos que podem evoluir para quadros mais graves.

Tendo isso em vista, em casos de diarreia persistente, febre alta e sinais de desidratação, por exemplo, é necessário maior atenção e acompanhamento médico! 

O tratamento da infecção intestinal depende da gravidade dos sintomas e da causa da infecção. Em geral, o tratamento visa aliviar os sintomas, prevenir a desidratação e promover a recuperação do trato digestivo. Confira algumas orientações para o tratamento da infecção intestinal:

Lembre-se sempre, o acompanhamento médico é essencial!

Para evitar infecções intestinais, é necessário adotar bons hábitos de higiene, cuidado com os alimentos e atenção à qualidade da água consumida.

1. Higiene pessoal

Lavar as mãos é essencial para prevenir infecções. Sempre lavar com água e sabão antes de comer, preparar alimentos, e após usar o banheiro.

Caso, por algum motivo, não tenha acesso à água e sabão no local, tenha sempre um álcool em gel de reserva!

2. Higiene alimentar

É de suma importância lavar bem os alimentos, não só com água corrente, mas também com soluções sanitizantes, para garantir que fiquem bem higienizados. Além disso, também é importante não misturar os alimentos crus e os prontos para consumo, a fim de evitar a contaminação cruzada e cozinhar por completo os alimentos, tendo em vista que carnes mal passadas, por exemplo, apresentam maior risco de contaminação.

3. Consumo de água tratada

Beba apenas água de fontes tratadas, em casos em que existe a possibilidade da água estar contaminada, realize a filtragem e fervura da mesma. Ademais, outro ponto importante é atenção ao uso de gelo, sempre certifique-se de que foi feito com água potável antes de consumi-lo.

4. Cuidado ao viajar

Evite consumir alimentos de vendedores ambulantes, principalmente em regiões onde as condições de higiene são precárias, já que você não sabe como foi o processamento e preparo de alimentos.

5. Armazenamento e conservação de alimentos

Evite consumir alimentos com cheiro, aparência ou gosto alterados, mesmo se estiverem dentro da validade. Além disso, os alimentos sempre devem ser armazenados conforme orientação do fabricante e consumido dentro do prazo de validade estimado após a abertura do mesmo.

Lembre-se, insetos podem transportar patógenos para alimentos e, consequentemente, transmitir doenças, por isso, mantenha os alimentos sempre fechados!

Seguir esses hábitos não elimina completamente o risco, mas reduz as chances de contrair infecções intestinais.

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